Torturas do Complexo Hospitalar Juquery

O Complexo Hospitalar Juquery carrega consigo uma história sombria marcada por práticas perturbadoras e grandes desafios como a superlotação.

Fundação do Hospital Juquery

O Hospital Juquery, fundado em 18 de maio de 1898, trilhou uma longa jornada desde seus primórdios até seu recente encerramento no início de 2021. Localizado em Franco da Rocha, na região metropolitana de São Paulo, o hospital passou por diversas fases, desde abrigar pacientes com transtornos mentais até funcionar como um espaço para diferentes segmentos da sociedade, tanto os marginalizados quanto aqueles considerados criminosos.

Teve seu início como uma instituição voltada para o tratamento de transtornos mentais, mas, ao longo do tempo, sua função se expandiu para abranger uma gama diversificada de pacientes.

A localização afastada contribuiu para sua história singular, acolhendo desde pessoas com condições de saúde mental até indivíduos marginalizados pela sociedade.

Quem estava no Complexo Hospitalar Juquery?

O hospital não apenas abrigou pacientes com transtornos mentais, mas também se tornou destino para aqueles considerados pela sociedade como a “escória”.

Isso revelou uma faceta sombria da história, possibilitando que os marginalizados da sociedade fossem separados ou tratados como loucos sem um laudo médico.

A ideia era que os pacientes de lá tivessem transtornos mentais, mas infelizmente também abrigou mães solteiras, já que elas eram inadequadas socialmente.

Outras pessoas que também não podiam ficar livres na sociedade da época e acabavam lá eram negros, pessoas LGBTQIA+ e mulheres divorciadas.

Práticas cruéis em Juquery

Ao longo de sua história, o Complexo Hospitalar Juquery ficou conhecido por práticas de tortura que ocorriam em suas dependências, os pacientes eram submetidos a métodos desumanos, evidenciando um período triste na história da saúde mental no Brasil.

Uma das práticas mais perturbadoras no Juquery era o isolamento extremo de pacientes, onde eles eram mantidos em condições de completa solidão, o que impactava negativamente sua saúde mental e física.

Os eletrochoques e terapias desumanas eram aplicadas também, e o que deveria ser uma terapia, acaba piorando a situação da pessoa.

Também eram frequentemente submetidos a trabalhos forçados e atividades degradantes, com relatos de violência física e psicológica.

Além disso, o Complexo Juquery também enfrentou sérios problemas de superlotação, a falta de recursos adequados e a sobrecarga de pacientes resultaram em condições precárias, afetando negativamente o tratamento e o bem-estar dos internos.

É crucial aprender com o passado para garantir que avanços significativos sejam feitos na abordagem da saúde mental, proporcionando ambientes mais humanizados e respeitosos.

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